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quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sistemas

Peço perdão os leitores do meu blog pelo desaparecimento, mas prometo que tentarei ser mais atuante aqui.

Estava pensando no carro agora sobre uma coisa interessante. Talvez influenciado (demais) pelas leituras do meu ídolo Foucault, correlacionei o seguinte: antigamente, quatro carreiras eram valorizadas pela família tradicional brasileira: médico, engenheiro, advogado e padre. Qualquer coisa que não se enquadrasse em alguma dessas era meio exótica ou ainda inaceitável.
Vejamos.
O médico representa a personificação das estruturas de poder relacionadas à manutenção da vida (lembrar da biopolítica aqui); o engenheiro, o poder relacionado ao domínio dos sistemas de construção (porque a arquitetura serve a um fim político, sim); o advogado, o poder relacionado aos tribunais e interpretações legislativas (ou seja, limitações da liberdade) e o padre, last but not least, relacionado ao poder espiritual.
Não se discute muito a questão do religioso enquanto conexão com o divino, mas sim da instituição que representa.

Numa família com o mínimo de posses, era compreensível esse desejo de projetar nos filhos a perpetuação do status quo social: um virava padre (em geral contra sua vontade), enquanto os outros escolhiam o que queriam (dentro dessas possibilidades, basicamente).

Faz sentido?

Um grande abraço

Um comentário:

  1. Muito interessante a sua analise.

    Para mimfaz todo sentido...

    Ainda bem que a familia foi mais empreendedora e saiu da linha da pobreza senao seria eu hoje "Frei Nikituck"

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